Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014 / La Aldea Feliz

Em fevereiro foi divulgado o resultado da convocatória do Uruguai a para a Bienal de Veneza 2014. O júri selecionou a proposta intitulada La Aldea Feliz.

Veja a seguir a proposta dos arquitetos Emilio Nisivoccia, Martín Craciun, Jorge Gambini, Santiago Medero e Mary Méndez.

Descrição dos arquitetos. O trabalho de curadoria pode ser resumido em duas etapas: a primeira é a construção de uma hipótese histórico-crítica e sua implantação através de um conjunto de episódios que compõem o catálogo; a segunda, a instalação de uma mostra capaz de propor ao visitante uma experiência - momento- coerente com o ponto anterior. Ou seja, de acordo com o caráter de "construção". Portanto, a mostra não tem uma versão definitiva da História da Arquitetura no Uruguai da Modernidade, mas uma exploração bem documentada de alguns episódios específicos. O visitante não acessa o panóptico do conhecimento - nem a sua ficção - mas, em vez disso, é convidado a mover-se livremente dentro de um labirinto feito de histórias e documentos. Pode-se manipular fotografias, explorar maquetes, filmes e revistas, assistir a curtas-metragens ou ingressar a uma plataforma digital repleta de ramificações.

Planta

A mostra é um arquivo com diferentes níveis de desenvolvimento implantados no espaço que vão desde a documentação a interpretação do material. O fio condutor da mostra é o catálogo. A proposta reivindica a necessidade de construção de textos histórico-críticos para responder claramente ao convite da curadoria, contribuindo para a divulgação da experiência modernizadora no Uruguai e para a discussão sobre esses processos nos âmbitos doméstico e global.

Esquema de Zonas. Imagem Cortesia de FARQ

No que diz respeito ao catálogo, este visa alcançar uma integração perfeita com a mostra, contando com a contribuição de conselheiros como Francisco Liernur (Buenos Aires) e Patricio del Real (Nova Iorque).

O conjunto será concebido como um único arquivo composto por diferentes materiais e escalas implantado no espaço do pavilhão. Em geral, a proposta pode ser descrita a partir de três áreas conectadas, embora claramente definidas. A primeira é a entrada, a apresentação da mostra.

Esquema 01. Imagem Cortesia de FARQ

Nela estão:
- Títulos e créditos.
- Monitor LCD com um vídeo semelhante ao exibido na Sala de Reuniões.
- Texto introdutório em três línguas com fotos da apresentação.

Esquema 04. Imagem Cortesia de FARQ

A segunda área está repleta de prateleiras de metal dispostas sobre uma grelha ortogonal. Nas prateleiras haverá conjuntos  de objetos:
- Dez maquetes de base de 40 centímetros feitas pelo Laboratório de Fabricação Digital, sob a supervisão de Marcelo Payssé.
- Uma pequena compilação de livros e revistas de coleções particulares.
- Fotografias, cartões postais, folhetos e objetos tridimensionais.

A ideia deste segundo grupo é oferecer ao público uma pequena amostra de documentos - originais embora com baixo valor de mercado - e compor um filtro espacial. A área três é composta de uma grande mesa que permite aos visitantes entrar em contato com os arquivos de plantas, desenhos e fotografias, entrando através de um livro semelhante ao catálogo da exposição.

Esquema 02. Imagem Cortesia de FARQ

Sobre a mesa estão dispostos quatro postos de acesso e cada um deles é equipado com um livro A3, uma tela LED, um sensor de leap motion, uma webcam e uma luminária.  O livro A3 contém a mesma informação do catálogo. Quando o visitante faz uma pausa em qualquer página, a webcam  transmite as informações para a tela e exibe um menu de opções. Os visitantes podem entrar no menu com um simples gesto capturado e transmitido pelo dispositivo leap motion.

Esquema 03. Imagem Cortesia de FARQ

O banco de dados expande notavelmente o conteúdo gráfico do catálogo e oferece a possibilidade de explorar geometrias, fotografias e desenhos das obras analisadas ​​seguindo roteiros variados e flexíveis. A mesa digital procura reproduzir em um formato transportável, relativamente barato, de fácil acesso e com uma interface amigável, a experiência de manusear um arquivo como sugerido no vídeo da apresentação pública.

A construção da mesa e dos dispositivos digitais estão a cargo da empresa Jmac Garin (Súbito), com sedes em Montevidéu e Madri. Isso evita grandes despesas com transporte e possibilita a remontagem idêntica no Uruguai.

Galeria de Imagens

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Cita: Galdames, Daniela. "Pavilhão do Uruguai na Bienal de Veneza 2014 / La Aldea Feliz" [Pabellón de Uruguay en la 14ª Bienal de Arquitectura de Venecia / La Aldea Feliz] 21 Mai 2014. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/602218/pavilhao-do-uruguai-na-bienal-de-veneza-2014-la-aldea-feliz> ISSN 0719-8906

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